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Vive o instante que passa.
Vive-o intensamente até à última gota de sangue.
É um instante banal, nada há nele que o distinga de mil outros instantes vividos.
E no entanto ele é o único por ser irrepetível e isso o distingue de qualquer outro.
Porque nunca mais ele será o mesmo nem tu que o estás vivendo.
Absorve-o todo em ti, impregna-te dele e que ele não seja pois em vão no dar-se-te todo a ti.
Olha o sol difícil entre as nuvens, respira à profundidade de ti, ouve o vento.
Escuta as vozes longínquas de crianças, o ruído de um motor que passa na estrada, o silêncio que isso envolve e que fica.
E pensa-te a ti que disso te apercebes, sê vivo aí, pensa-te vivo aí, sente-te aí.
E que nada se perca infinitesimalmente no mundo que vives e na pessoa que és.
Assim o dom estúpido e miraculoso da vida não será a estupidez maior de o não teres cumprido integralmente, de o teres desperdiçado numa vida que terá fim.
Vive-o intensamente até à última gota de sangue.
É um instante banal, nada há nele que o distinga de mil outros instantes vividos.
E no entanto ele é o único por ser irrepetível e isso o distingue de qualquer outro.
Porque nunca mais ele será o mesmo nem tu que o estás vivendo.
Absorve-o todo em ti, impregna-te dele e que ele não seja pois em vão no dar-se-te todo a ti.
Olha o sol difícil entre as nuvens, respira à profundidade de ti, ouve o vento.
Escuta as vozes longínquas de crianças, o ruído de um motor que passa na estrada, o silêncio que isso envolve e que fica.
E pensa-te a ti que disso te apercebes, sê vivo aí, pensa-te vivo aí, sente-te aí.
E que nada se perca infinitesimalmente no mundo que vives e na pessoa que és.
Assim o dom estúpido e miraculoso da vida não será a estupidez maior de o não teres cumprido integralmente, de o teres desperdiçado numa vida que terá fim.
Vergílio Ferreira
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